Como uma conversa privada em um jatinho levou ao retorno de Raikkonen à Sauber

O finlandês Kimi Raikkonen fez sua estreia na Fórmula 1 em 2001 com a Sauber, e depois de uma grande trajetória na categoria, culminando com seu título em 2007, voltou para onde tudo começou em 2019, quando a equipe passou a correr sob a marca da Alfa Romeo.

A troca da Ferrari para a Alfa garantiu a continuação da carreira do campeão, que pode quebrar o recorde de Rubens Barrichello de mais GPs disputados, caso ele permaneça por mais 10 provas na categoria.

Em uma entrevista como parte de uma série celebrando os 50 anos da Sauber no automobilismo, o gerente da equipe de muitos anos, Beat Zehnder, revelou que  primeira conversa com Raikkonen sobre um retorno à Sauber aconteceu durante a metade da temporada de 2017.

“Eu estava trabalhando para fazer isso acontecer há muito tempo”, disse Zehnder. “Quando ele terminou em terceiro em Silverstone 2017 com a Ferrari, ele me deu uma carona no jatinho. E aí começamos a falar sobre seu futuro”.

“Eu disse: ‘Olha, se você não quiser pilotar mais pela Ferrari, ou se eles te demitirem, então entra em contato comigo, por favor. Eu vou tornar isso possível. Vamos encontrar um jeito, se você estiver interessado e motivado em voltar para a Sauber’. Tivemos essa conversa várias vezes ao longo dos anos”.

Um pouco antes do GP da Itália de 2018, a Ferrari informou Raikkonen que ele não seguiria com a equipe em 2019, perdendo a vaga para Charles Leclerc.

Raikkonen rapidamente entrou em contato com Zehnder e o chefe da Sauber, Frédéric Vasseur, que fecharam um acordo em questão de dias.

“Quando a Ferrari decidiu e avisou em Monza em 2018 que eles seguiriam com Charles, o contato foi imediato. Tivemos uma reunião na terça após a corrida com Fred, Kimi e eu. Nós fechamos um contrato em cerca de duas horas. Bem, um acordo, porque Kimi não lê contratos!”.

“Através dos anos, tínhamos uma conexão muito especial. No tempo do reabastecimento, sempre falávamos para ele quanto combustível ele teria na largada, e sempre havia uma boa conexão entre nós”.

Zehnder disse que podia notar o crescimento e a mudança de Raikkonen nos 18 anos entre sua estreia pela Sauber e o retorno à equipe.

“Ele sempre conseguia sentir bem o carro. Agora ele sabe o que mudar no carro, e sabe exatamente como o carro irá se comportar com essa e aquela mudança. Sua visão técnica sobre o carro é muito, muito boa. E ele é motivado e direto”.

“Quando fazemos reuniões, é o trabalho dos engenheiros falar o que seria melhor, e o Kimi acaba dizendo: ‘Não, não, vai por mim, esse não é o melhor caminho, precisamos seguir outra direção'”.

“Ele sempre deixa sua visão muito clara”.

Fonte Motorsport

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