Liberty faz pagamento para ajudar equipes da F1 em meio à crise

Uma das grandes preocupações das equipes da Fórmula 1 durante a paralisação do campeonato é a saúde financeira. As equipes menores dependem do dinheiro vindo da F1 para sobreviver, mas, sem corridas, sem renda. Para garantir a sobrevivência das equipes durante a crise, a Liberty Media confirmou que entregou um auxílio financeiro para as equipes.

Elas vão receber uma porcentagem da renda total da F1, que está sendo impactada com a perda de corridas do calendário. As equipes maiores tem algumas taxas extras garantidas, que foram negociadas durante a era de Bernie Ecclestone, mas estas dependem do lucro contínuo da F1.

Segundo o CEO da Liberty Media, Greg Maffei, para ajudar as equipes a sobreviverem durante a crise, algumas receberam pagamentos antecipados.

A F1 está buscando fechar um plano para iniciar a temporada, mesmo que isso signifique corridas com portões fechados, para garantir o dinheiro vindo dos direitos de transmissão e dos patrocinadores.

“Temos cenários que vão de zero corridas até 15 a 18 provas, GPs com portões fechados e apenas com as equipes”, disse Maffei em uma ligação com analistas de Wall Street. “Temos várias oportunidades e desafios de todos os lados. Chase e sua equipe têm múltiplas opções”.

“Então estamos analisando a abertura para a realização de certos eventos na Europa Ocidental, em alguns países e olhando para as opções para iniciar o calendário. Ainda não temos garantias, mas certamente é algo que vamos buscar”.

Maffei destacou que as corridas com portões fechados acabariam afetando a renda da F1 – e, por consequência, das equipes – já que as taxas de realização das provas não seriam as tradicionais.

“Há desafios em torno de como você faz tudo que requer capital adicional. Se você realizar corridas sem público, obviamente o lucro é menor, talvez seja zero. Podemos ter capital suficiente para lidar com isso em 2020, mas há equipes que terão custos, particularmente aqueles que não tem muitas garantias além da F1”.

Existe um certo grau para realizarmos corridas sem lucro, mas eles ainda precisam arcar com os custos de execução dos termos. É um desafio. Por isso precisamos refletir sobre como começamos, isso não é bom apenas para nós, mas para todo o ecossistema”.

“Como eu disse, Chase e sua equipe executaram vários cenários. Você está perguntando o que é necessário para que isso aconteça. Não é apenas quando será permitido pelas autoridades, em qual formato, e se será uma corrida com fãs ou com portões fechados, mas também como que isso funciona para as equipes?”.

“Já adiantamos dinheiro do pagamento para determinadas equipes. Há casos em que podemos fazer até mais. Há outros em que podemos fazer uma ponte para conectar equipes que precisam de ajuda”.

“Certamente, não estamos vendo isso como um cheque em branco. Entendemos que isso é diferente da Live Nation empresa irmã da F1 do ramo do entretenimento, por exemplo, que adianta dinheiro para os artistas, mas a escala aqui muito maior em termos do que uma equipe exige ou até mesmo da Major League Baseball. A MLB adiantou 170 milhões de dólares para todos os jogadores [das 30 equipes] prevendo as possibilidades de uma temporada parcial ou do cancelamento dela”.

“Aqui você tem problemas similares, mas os gastos são maiores entre as equipes. Queremos garantir que as equipes tenham liquidez para garantir sua participação em 2020, 2021, e além”.

A novidade da F1 é diferente da vista anteriormente com a MotoGP. Enquanto a Liberty Media está adiantando às equipes uma parte do dinheiro que elas tradicionalmente recebem no final do ano, a Dorna Sports, dona da MotoGP, introduziu um pacote de auxílio financeiro que não tem relação com o acordo financeiro da categoria.

Fonte Motorsport

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