Mike Spence

A temporada de 1968 provou ser um ano trágico para o automobilismo, quando dificilmente um fim de semana sem o peso de uma grande tragédia no esporte a motor. Quando Jim Clark foi morto em abril, seu ex-companheiro de equipe da Lotus, Mike Spence, foi escolhido como seu substituto para as 500 Milhas de Indianápolis. Mas esse convite acabaria na própria morte de Spence.

Carreira nas Corridas

Spence era um bom jogador de rúgbi e jogador de críquete enquanto estava na escola. Ele cumpriu o serviço militar em 1958 sendo parte de uma corporação de tanques antes de ingressa no automobilismo em 1958. E pilotou o Turner 950 de seu pai no início, antes de mudar para assumir o volante de um AC Ace com motor Bristol dado a ele por seus pais como presente de aniversário de 21 anos.

Spence graduou-se para a Fórmula Junior dois anos depois, a bordo de um Cooper-BMC. Entrou para uma equipe que levava o nome da empresa de sua família, uma fabrica de portas corrediças – a Coburn Engineers. Suas performances em um Emeryson semi-oficial em 1961 e, um ano depois, com o Lotus 22 da Ian Walker Racing, atraíram a atenção de Colin Chapman.

Fórmula 1 na Lotus

Spence assinou contrato de longos termos com o Team Lotus em 1963 e inicialmente acrescentou força à equipe de Ron Harris para a Formula Júnior. Assim, ele fez sua estréia no GP da Itália substituindo um lesionado Trevor Taylor em um Lotus 25-Climax. Ele começou em 1964 participando no Europeu de Fórmula 2 de novo com Harris, porém foi recrutado novamente para a equipe de Fórmula 1 da Lotus quando Peter Arundell se machucou no GP da França. Ele passou o resto da temporada como companheiro de equipe de Jim Clark e impressionou ao terminar em sexto na Itália e em quarto no México.

Mantido pela equipe na temporada seguinte, Spence herdou a vitória na Corrida dos Campeões em Brands Hatch depois que Clark se acidentou e Dan Gurney e Jack Brabham quebraram. Uma grande primeira vitória em GP no entanto foi eclipsada, já que seu companheiro de equipe escocês venceu corrida após corrida em 1965. Spence terminou em terceiro no GP do México e começouno ano seguinte com uma vitória no extracampeonato GP da África do Sul, em East London.

Mudança para Reg Parnell Racing e BRM

No entanto, Arundell retornou à Lotus em 1966 e Spence enfrentou uma temporada frustrante com o velho e fraco Lotus 25-BRM de Tim Parnell. Ele dirigiu para a BRM na F1 e Chaparral no Mundial de Marcas em 1967, mas sofreu atrás de resultados. No entanto, ele marcou quatro quintos lugares na F1 enquanto desenvolvia o BRM P83 e seu complicado motor H16. E então venceu as 6Hrs de Brands Hatch quando a frágil transmissão do revolucionário Chaparral 2F-Chevrolet aguentou firme pela primeira vez.

Esperava-se muito de Spence em 1968, especialmente após se qualificar em segundo lugar para as corridas extra-campeonato em Brands Hatch e Silverstone. Ele também planejava correr em carros esportivos e na liga Can-Am naquele ano, quando recebeu um telefonema não esperado da equipe Lotus convidando-o para as tradicionais 500 Milhas. Ele viaja para Indianápolis para pilotar carro turbina STP Lotus 56-Pratt & Whitney, com design em forma de cunha da equipe de Andy Granatelli e logo ele estava no páreo, voando-baixo com uma volta em média horária próxima aos 270km/h, o que lhe garantiu um posto certo na primeira fila do grid. Mas Spence bateu na 1ª volta enquanto testava o carro no final do dia. A roda da frente o atingiu na cabeça, arrancando-lhe o capacete e Mike morreu no hospital quatro horas depois – outro choque em um verão devastador para o esporte.

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