Pandemia coloca holofote sobre pilotos reservas em 2020; confira

Com a Fórmula 1 próxima de iniciar a temporada 2020 com o GP da Áustria em julho, a pandemia da Covid-19 colocou um novo holofote sobre os pilotos reservas das equipes, já que as chances são ainda maiores de termos um deles nas pistas nos próximos meses.

Recentemente, o CEO da F1, Chase Carey, afirmou em uma entrevista que um final de semana de GP não será interrompido, mesmo se um piloto testar positivo.

“Se um piloto estiver infectado, os pilotos reservas estão disponíveis”, disse. “Assim como em outros casos inesperados como intoxicação alimentar”.

Como é comum, as equipes têm pilotos reservas próprios, que podem inclusive ser pilotos titulares de outras equipes do grid e, em casos atípicos, podem “emprestar” pilotos para preencher a vaga.

Para 2020, há também alguns pilotos que não estão sob nenhum contrato e que têm experiência com a F1, que poderiam entrar no carro caso sejam convidados, como Fernando Alonso, Nico Hulkenberg e Sergey Sirotkin.

Algumas equipes têm pilotos reservas a postos em todos os GPs. Outros estão presentes apenas nas corridas fora da Europa por razões de logística, mas sempre estão a postos nas provas europeias, prontos para pegar um voo de última hora.

A situação atual é mais complexa porque qualquer piloto reserva precisaria de um teste negativo de Covid recente, além de ter que seguir as restrições de viagem que serão aplicadas pela F1 à todos os envolvidos.

Além disso, voos comerciais estão sob grande restrição no momento, e assim não seria fácil entrar em um voo na quinta ou na sexta. Isso pode forçar as equipes a garantir que os reservas estejam presentes em todas as corridas.

Isso requer uma troca que pode afetar as próprias equipes, já que muitos pilotos reservas passam os finais de semana de corrida na fábrica usando o simulador, ajudando no desenvolvimento do carro.

Os cenários prováveis para cada equipe também dependem do momento – há uma grande diferença entre descobrir que você precisa de um piloto na sexta a noite ou uma semana antes da prova, quando você teria mais tempo para agir.

Veja quais são as situações mais prováveis para cada equipe do grid:

Mercedes: A equipe alemã tem como piloto reserva oficial Stoffel Vandoorne, que corre pela equipe na Fórmula E e que estava na F1 até 2018. A equipe também pode chamar seu piloto de simulador Esteban Gutiérrez, cuja temporada final na F1 foi em 2016 com a Haas. Já que Gutiérrez não tem uma super licença desde 2016, ele precisa correr 300 km com um carro de F1 antes de poder voltar a competir.

Red Bull/AlphaTauri: O brasileiro Sérgio Sette Câmara foi anunciado como piloto reserva da Red Bull e da AlphaTauri no início do ano. Porém, a situação de Sette é complicada por seus compromissos com a Super Fórmula no Japão, e as restrições de viagem podem limitar sua habilidade de estar presente nos GPs. Sebastien Buemi, que correu na F1 pela última vez em 2011 com a Toro Rosso, é piloto reserva desde então. Caso a Red Bull necessite de um piloto, o cenário mais provável é que Pierre Gasly ou Danill Kvyat passe para a equipe principal.

Ferrari: Antonio Giovinazzi, da Alfa Romeo, é o piloto reserva oficial da Ferrari, e o italiano correria com o macacão vermelho se necessário. A equipe também tem Pascal Werhlein entre seus pilotos de simulador. O alemão correu na F1 com a Sauber em 2017.

McLaren: A equipe britânica tinha Sergey Sirotkin a espera em 2019. Porém, ao assinar o acordo de fornecimento de motores com a Mercedes para 2021, os pilotos da Mercedes também se tornaram disponíveis. A Racing Point tem um acordo similar, e tem prioridade caso ambas precisem de um piloto simultaneamente. Vale destacar que Alonso também tem uma ligação com a McLaren através de sua participação nas 500 Milhas de Indianápolis de 2020, e não pode ser descartado.

Renault: Os pilotos de teste da equipe e os membros da Academia, liderados por Guanyu Zhou e Christian Lundgaard não têm super licenças. O chefe da equipe, Cyril Abiteboul, disse: “Estamos olhando para várias opções. Ao longo do mês iremos anunciar nossos planos”. Hulkenberg é uma opção óbvia, enquanto Sirotkin também esteve ligado à montadora no passado.

Racing Point: A equipe não tem pilotos reservas próprios há anos devido ao acordo com a Mercedes. A equipe sempre teve proximidade com Hulkenberg e ele pode ser uma opção caso queira ter um piloto próprio.

Alfa Romeo: Robert Kubica é o piloto reserva oficial e pode ser chamado também caso Giovinazzi precise correr pela Ferrari. Hoje na Indy, Marcus Ericsson foi piloto reserva em 2019, e testou com a equipe na Áustria. Com certa antecedência, ele pode estar disponível.

Haas: Louis Delétraz e Pietro Fittipaldi são os reservas. Ambos já testaram com o carro no passado, com o brasileiro tendo cumprido um longo programa em 2019. Porém, nenhum deles têm pontos suficientes para a super licença.

Williams: Nos últimos anos, a equipe tinha acesso aos pilotos da Mercedes – Esteban Ocon passou por uma sessão de ajuste do carro em Abu Dhabi no ano passado quando George Russell não se sentiu bem. Porém, nesse ano a equipe anunciou Jack Aitken, da F2, como reserva.

Fonte Motorsport

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