Pilotos campeões: conheça a trajetória de Ayrton Senna

Ayrton Senna da Silva, mais conhecido como Ayrton Senna, foi um piloto brasileiro, nascido em São Paulo, no dia 21 de março de 1960 e falecido em Bologna, na Itália, em 1º de maio de 1994.

Ayrton Senna foi tricampeão da Fórmula 1, em 1988, 1990 e 1991, todos os títulos conquistados pilotando pela McLaren-Honda, trinca que se tornou uma das mais icônicas da história da categoria.

Teve uma grande rivalidade com o francês Alain Prost, desde quando foram companheiros até a aposentadoria do “Professor”. Essa rivalidade teve seu racha no GP de San Marino de 1989 e seus pontos altos nos GP’s do Japão de 1989 e de 1990, ambos valendo a taça de campeão mundial.

Vida Pré-F1

Filho do empresário Milton da Silva e Neyde Senna da Silva, Ayrton Senna nasceu em 21 de março de 1960 na Maternidade de São Paulo, no bairro de Cerqueira César, São Paulo. Morou no Jardim São Paulo dos quatro aos doze anos, mudando-se posteriormente para Tremembé. Desde novo ele se interessava por automóveis.

Foi incentivado pelo pai, um entusiasta das competições automobilísticas, que montou o primeiro kart de Senna quando este tinha quatro anos, e que tinha um motor de máquina de cortar grama. Aos nove anos, já conduzido pelas estradas dentro das propriedades rurais de Milton. Na televisão, gostava de assistir ao anime Speed Racer, sobre um piloto de corridas.

Kart

Começou a competir oficialmente nas provas de kart aos treze anos. A sua primeira vitória oficial aconteceu na primeira prova oficial de kart, em julho de 1973. Esse fato ocorreu no Kartódromo de Interlagos, que hoje leva seu nome. Em 1977 ganhou o seu primeiro “Campeonato Sul-Americano de Kart”, repetido em 1980. Foi campeão brasileiro de kart em 1978, 1979 e 1980, campeão paulista em duas ocasiões, em 1974 (categoria júnior) e 1976 e foi duas vezes vice-campeão mundial de kart, em 1979, quando empatou com o campeão nos pontos, mas perdeu o desempate, e 1980.

A conquista do seu primeiro título de campeão brasileiro de kart ocorreu em 16 de julho de 1978 no Kartódromo de Tarumã, em Viamão, na Grande Porto Alegre. Ayrton, com 18 anos de idade, competiu pela equipe “Sulam” e venceu todas as provas, derrotando assim seu maior rival, Walter Travaglini. Uma competição teve mais de 150 pilotos inscritos e contou com cinco categorias diferentes. Ayrton competiu na categoria de 100 cc em três baterias, todas no domingo em um total de 21 voltas. Ainda em 1978, Ayrton conseguiu um recorde dentro do kartismo, quatro vitórias no mesmo dia. O feito aconteceu em Uberlândia, na inauguração do kartódromo da cidade. Foram duas vitórias pela categoria 100 cc e outras duas pelas 125 cc.

No mundial de kart realizado em 1979 no circuito do Estoril, Ayrton usou pela primeira vez o capacete amarelo que se tornou sua marca registrada nas pistas. A pintura foi feita por Sid Mosca. No entanto, como cada país tinha sua própria pintura, todos os concorrentes do Brasil usavam o mesmo layout, conforme exigido pelo regulamento da competição. Senna terminou empatado com o holandês Peter Koene no primeiro lugar. Segundo a equipe brasileira, em caso de empate de pontos, seria levado em consideração o confronto direto na última das três últimas provas, que Ayrton venceu com boa margem em relação aos concorrentes. Uma organização do Mundial, por outro lado, teve uma interpretação diferente do regulamento: o título seria de Koene graças ao resultado das semifinais, onde havia terminado em quarto lugar, enquanto Senna era o oitavo. Na prova, o brasileiro era o segundo colocado até perto das voltas finais, quando o líder teve um problema com o kart na frente de Ayrton, que não teve tempo de desviar de uma colisão e ambos os rodaram. Ao retornar ao Brasil, o brasileiro conversou com Sid Mosca para fazer pintura descendente com sua marca própria dentro das pistas.

Em 1981, começou a competir na Europa, ganhando o campeonato inglês da Fórmula Ford 1600 (12 vitórias em 20 corridas), pela equipe de Ralf Firman. No final da temporada, Ayrton encontrou um dilema: apesar do sucesso na temporada, não conseguiu novos patrocinadores, razão pela qual não conseguiu se sustentar na Europa. Sua família não o suporta integralmente, com receio dos perigos das pistas de corrida. Por tudo isso, escolheu abandonar as corridas e administrar uma loja de material de construção montada pelo pai no bairro Parque Novo Mundo, na Zona Norte da capital paulista. Porém, em fevereiro de 1982, voltou para Europa e continuou sua carreira.

Em 1982, foi campeão europeu e britânico de Fórmula Ford 2000 (22 vitórias em 27 corridas), pela equipe de Dennis Rushen. Nessa época adotou o nome de mãe solteira, Senna, pois Silva é um nome bastante comum no Brasil. No mesmo ano, no dia 30 de maio, o brasileiro participou de uma “corrida das celebridades” denominada “Shell Super Sunbeam for Celebrities”, realizada no circuito de Oulton Park, Inglaterra. Senna venceu e fez uma melhor volta ao bordo de um Talbot. Já em 13 de novembro, fez sua estreia na Fórmula 3 Britânica em Thruxton, onde venceu, conquistou a pole position e fez a volta mais rápida, com um Ralt Toyota RT3. No início de outubro de 1982, mesmo com pouca visibilidade que a categoria possuía Senna já era um nome de destaque no esporte brasileiro, refletido na sua chegada ao Brasil depois da conquista do título da Formula Ford, que contou com a presença maciça de jornalistas e até mesmo admiradores. Em dezembro de 1982, Ayrton foi convidado a participar de uma corrida especial de encerramento da temporada da recém-criada categoria de superkart. Mesmo sem nunca ter pilotado aquele novo tipo de kart, Ayrton fez a pole marcando 46s43, batendo o recorde do Kartódromo de Interlagos até então. Os outros pilotos – 41 no total – ficaram um segundo ou mais atrás de Senna. Na primeira bateria, se envolveu em um acidente, caindo para a 11ª posição. Porém, fez uma prova de recuperação e conseguiu terminar no terceiro. Na segunda bateria, Senna assumiu a ponta na primeira volta e manteve o primeiro lugar até a final. Na bateria final, que contou com 30 karts, Senna largou no quarto e também conseguiu a liderança logo no início. Dali em diante manteve a ponta e venceu com 15 segundos de vantagem para o segundo colocado.

Em 1983, Senna venceu o campeonato inglês de Fórmula 3 (treze vitórias em 21 corridas, sendo 9 delas consecutivas), pela equipe de Dick Bennetts, depois de uma disputa ferrenha com o inglês Martin Brundle, que correu pela equipe de Eddie Jordan. O campeonato inglês de Fórmula 3 dessa temporada gerou uma controvérsia envolvendo o piloto inglês, que acabou por ficar com o vice-campeonato. Ele foi acusado por todos os pilotos de usar um carro fora das especificações do regulamento, conseguindo assim se aproximar de Ayrton na segunda metade do campeonato. O recurso imposto pelos pilotos foi julgado em novembro de 1983 pelo tribunal do Royal Automobile Club e o inglês foi condenado por unanimidade. A condenação condenada refere-se a uma corrida, uma única em que a equipe foi apanhada, quando o carro teve uma abertura maior na admissão do motor e menor altura das “minissaias”, durante a execução do teste durante os treinos e corridas. Pela conquista da Fórmula 3 ganhou os cumprimentos do presidente João Figueiredo através de um telegrama. Neste último campeonato, após várias vitórias em Silverstone, a imprensa inglesa especializada chegou a apelidar o circuito de Silvastone, em homenagem a Ayrton. Também em 1983, ganhou o prestigioso Grande Prêmio de Macau pela Theodore Racing Team de Teddy Yip, diretamente relacionado à equipe que conduzia a F3 britânica.

Ainda em 1983 fez seus primeiros testes com um carro de Fórmula 1. Primeiro com Williams, onde o piloto bateu o recorde de pista de Donington Park até então. Em poucas voltas, Senna já teve o mesmo tempo de Jonathan Palmer, piloto de testes de Williams, em 1min01s7. Nas 83 voltas que deram, atingiram ou registraram 1m00s5. Também realizou testes para a McLaren, onde Senna impressionou o chefe da equipe Ron Dennis. Mesmo com a concorrência de outros dois pilotos convidados para os testes, o inglês Martin Brundle e o alemão Stefan Bellof, Senna foi o mais rápido dos três em Silverstone. Outra equipe testada por Senna foi a Toleman, também em Silverstone, Senna foi mais rápido que o titular da equipe, o inglês Derek Warwick, tanto com pista seca quanto com pista molhada. Em sua melhor passagem, o brasileiro registrou 1min11s05. No final de 1983, mesmo antes de sua estreia na F1, Ayrton já desfrutava de grande prestígio.

Fórmula 1

1984: Toleman

Ayrton Senna no GP de Mônaco de 1984, pela Toleman

Senna atraiu a atenção de diversas equipes da Fórmula 1, como Williams, McLaren, Brabham e Toleman. Ao contrário do que se imagina seu compatriota Nelson Piquet não se opôs à sua contratação pela Brabham. Um patrocinador da equipe, a Parmalat, teve mais interesse em um piloto italiano na equipe do que dois brasileiros, influenciando a decisão da equipe em contratar o piloto italiano Teo Fabi para a temporada. Senna, imaginando que Piquet teve mais influência na equipe, ficou ressentido, declarando em uma entrevista que “Ele (Piquet) não ajudou e nem atrapalhou”, dando a entender que sua ida em Brabham foi vetada pelo bicampeão mundial. Assim, das três remanescentes, apenas uma equipe, a Toleman, oferece um carro para disputar o campeonato de 1984.

Senna marcou seu primeiro ponto no campeonato mundial de pilotos logo no segundo grande prêmio que disputou, em Kyalami, na África do Sul. Ele repetiu o resultado duas semanas depois, no Grande Prêmio da Bélgica, disputado no circuito de Zolder. Uma semana depois, o piloto brasileiro não conseguiu o tempo mínimo para o Grande Prêmio de São Marinho, em Ímola. Tal fato aconteceu devido a um desentendimento entre uma equipe Toleman e a fábrica italiana de pneus Pirelli, com isso Ayrton e seu companheiro de equipe, Johnny Cecotto, não puderam participar dos treinos de sexta-feira. No sábado, sob chuva intensa, Ayrton Senna foi o piloto mais rápido na pista molhada, mas ficou longe das marcas registradas pelos adversários no dia anterior na pista seca. Depois, porém, com uma pista seca, com muitos problemas no motor turbo Hart de seu Toleman, Senna se viu impedido de fazer um bom tempo.

Uma semana antes do GP de Mônaco, ele participou do evento promocional Corrida dos Campeões de Nurburgring, ao lado dos ex-campeões do F-1, como Sir Stirling Moss, Jack Brabham, John Surtees, Phil Hill, Niki Lauda e o futuro campeão Alain Prost. Todos correram com o mesmo carro – um Mercedes 190 E 2,3 – 16 – e Senna chegou no primeiro, logo à frente de Niki Lauda.

No GP de Mônaco, seu desempenho trouxe todas as atenções das demais equipes. Classificou-se em 13º lugar e rapidamente escalou posições através das ruas estreitas de Monte Carlo. Na volta 19, passou Niki Lauda, ​​que estava em segundo lugar, e começou a ameaçar o líder Alain Prost, e continuou por várias voltas lutando pelo primeiro lugar com seu limitado Toleman, quando a corrida foi interrompida na volta 31 por razões de segurança, devido ao volume de chuva. Senna chegou a comemorar a vitória ultrapassando Alain Prost a poucos metros da linha de chegada, mas, nesses casos, o regulamento mandava considerar as posições da volta anterior e, ainda assim, por ter sido interrompido com menos da metade da corrida, os pontos dados foram pela metade. Senna ainda ganhou dois pódios nesse ano: terceiro lugar no Grande Prêmio da Grã-Bretanha, em Brands Hatch, e no GP de Portugal, no Estoril. Isso o deixou empatado com Nigel Mansell, apesar de ter perdido o GP da Itália quando foi suspenso pela equipe por quebra de contrato, depois de assinar com a Lotus para a próxima temporada.

Ainda em 1984, Senna correu nos 1000 km de Nürburgring, onde pilotou um Porsche 956, executando uma parceria com Henri Pescarolo e Stefan Johansson. Apesar de ser sua estreia nesse tipo de competição, Ayrton Senna conseguiu fazer a melhor volta em três oportunidades durante uma corrida, tanto em pista seca como em condições de chuva.  No final, a equipe de Ayrton terminou em oitavo lugar, sendo prejudicada por um problema que obrigou o carro a parar por 17 minutos, aproximadamente oito voltas. A equipe acreditou na época que sem o problema poderia ter chegado em terceiro lugar. Esta corrida, combinada com a Corrida dos Campeões de Nurburgring, foram as únicas que Senna correu em carros com cabine fechada.

Em novembro de 1984, Ayrton sofreu uma paralisia facial, que teve o princípio de ser considerado um derrame. Na verdade, era uma paralisia facial periférica, resultado de uma mastóide, inflamação do nervo mastóide, responsável pelos comandos do cérebro à musculatura facial. No princípio, Senna tratou a doença com altas doses de cortisona, porém, com medo de efeitos, experimentou um tratamento alternativo com o médico Haruo Nishimura. No entanto, o tratamento não surtiu efeito, tendo assim que voltar ao tratamento convencional. O problema foi resolvido quando o preparador físico Nuno Cobra começou a tratar o piloto.

1985-1987: Lotus

Na Lotus, em 1985, ele tinha como parceiro o italiano Elio De Angelis. Senna largou no quarto lugar na sua primeira corrida pela nova equipe na abertura da temporada no Brasil, no circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, mas abandonou a prova devido a problemas elétricos. Na segunda corrida do ano, no GP de Portugal, disputada no Autódromo do Estoril, em 21 de abril de 1985, conseguiu sua primeira vitória na Fórmula 1, largando na pole position sob chuva pesada. Alain Prost, em segundo, abandonou depois de bater no muro. Ayrton Senna conseguiu sua segunda vitória, também sob chuva, no GP da Bélgica, no circuito de Spa-Francorchamps. Graças ao seu excelente desempenho nos treinos e no motor Renault, Senna passa a ser o “rei das pole position”. Senna terminou a temporada no 4º lugar no Campeonato Mundial de Pilotos, com 38 pontos e seis pódios (duas vitórias, dois segundos e dois terceiros lugares), além de sete poles.

Senna com a Lotus 98T, em 1986

Em 1986, a Lotus escolheu o escocês Johnny Dumfries como parceiro, com aval de Senna, que vetou ou inglês Derek Warwick sob a alegação de que o Lotus não tinha condições de manter carros competitivos para dois pilotos de ponta ao mesmo tempo. O novo Lotus 98T mostrou ser mais confiável em 1986 e começou bem, com Senna terminandoou em segundo lugar na corrida vencida pelo também brasileiro Nelson Piquet, no GP do Brasil, em Jacarepaguá. Reconhecendo estar com um carro inferior à Williams e McLaren, Senna passou a adotar uma estratégia de não parar para trocar pneus, buscando ficar na frente dos adversários ou o maior tempo possível. Com essa tática, ele passou a liderar o campeonato pela primeira vez na carreira, depois de vencer o GP da Espanha, em Jerez da Frontera, com uma vantagem sobre Nigel Mansell de 0,014s – uma das menores diferenças de chegada da história da F1.

Contudo, a liderança do campeonato não foi mantida por muito tempo, já que o Senna abandonou diversas outras corridas por problemas mecânicos. A caça ao primeiro título mundial acabou sendo uma luta entre Prost e sua McLaren-TAG e a dupla Piquet e Mansell da Williams-Honda. Na Hungria, um circuito mais travado, repetindo mais uma vez a estratégia, foi ultrapassado por Nelson Piquet, naquela que é tida como a mais espetacular da história da categoria. Ainda nesse ano, Senna se tornou definitivamente um ídolo no Brasil e conquistou sua segunda vitória no GP dos Estados Unidos, disputado em Detroit, logo após a eliminação do Brasil para a França na Copa do Mundo, e terminou o campeonato novamente na quarta colocação, com 55 pontos, oito poles e seis pódios.

Senna pilotando pela Lotus em 1987

O ano de 1987 veio com muitas promessas de dias melhores. A Lotus tinha um novo patrocinador, o Camel, e o mesmo motor dos motores Honda da Williams, depois que a Renault decidiu se retirar do esporte. Depois de um começo lento, Senna ganhou duas vezes seguidas: o prestigiado GP de Mônaco (a primeira das seis vitórias) e o GP dos Estados Unidos, em Detroit, pelo segundo ano seguido, e mais uma vez chegou à liderança do campeonato. Nesse momento, o Lotus 99T Honda parecia mais ou menos igual aos melhores Williams-Honda, mais uma vez pilotado por Piquet e Mansell. Mas, apesar do desempenho da 99T, que usava a tecnologia de suspensão ativa, as Williams FW11B de Nelson Piquet e Nigel Mansell ainda eram carros sendo batidos. A diferença entre as duas equipes nunca foi tão evidente quanto no GP da Grã-Bretanha, em Silverstone, onde Mansell e Piquet voaram sobre as Lotus de Senna e seu parceiro Satoru Nakajima. Depois de rodar na pista no GP do México, Senna fica fora da luta pelo campeonato, deixando Piquet e Mansell brigando por ele nas últimas duas corridas.

Mansell se feriu nas costas em um grave acidente durante os treinos para o GP do Japão de 1987, em Suzuka, deixando o campeonato nas mãos de Piquet. Entretanto, isso significava que Senna poderia terminar a temporada no segundo lugar se terminasse entre os três primeiros nas duas corridas que faltavam: Japão e Austrália. Ele terminou as duas em segundo, mas como medições feitas no carro depois do GP da Austrália constataram que os freios eram mais largos do que o permitido pelo regulamento, Senna foi desclassificado. Terminou em terceiro, com 57 pontos, com oito pódios (duas vitórias, quatro segundos e dois terceiros). Essa temporada marcou uma reviravolta na carreira de Senna depois de ter construído uma profunda relação com a Honda, que rendeu grandes dividendos. Ayrton foi contratado pela McLaren, que acertou com a Honda o fornecimento de motores V6 Turbo para 1988.

1988-1993: McLaren

Senna na sua estreia pela McLaren, no Brasil, em 1988

Em 1988 a McLaren-Honda exibiu os números 11 e 12, desta vez com a dupla Alain Prost e Ayrton Senna, respectivamente. Um dos principais momentos da temporada de 1988 aconteceu em Mônaco. Durante os treinos oficiais, Ayrton conquistou a pole position com uma vantagem de 1.427s para Alain Prost. Na corrida, Ayrton liderou com uma margem de quase 1 minuto para o segundo colocado, o francês Alain Prost. No entanto acabou batendo na 66ª volta, dando uma vitória ao adversário francês.

No GP do Japão, Senna, que largou a pole, não conseguiu largar e caiu para a 17ª posição. Entretanto, já nas primeiras voltas, Ayrton ultrapassou oito adversários. Na 28º volta, Senna ultrapassou Prost e terminou a prova com 13 segundos de vantagem para o francês, conquistando o título.

Senna pilotou o McLaren MP4/5 em 1989. Nesse ano, a rivalidade entre ele e Alain Prost se intensificou, notadamente a partir do GP de San Marino e tendo o ponto alto no GP do Japão, mantendo-se entre temporadas de 1990, com o francês já na Ferrari.

No GP de Mônaco de 1989, Ayrton novamente abriu uma vantagem sobre o francês acima de 50 segundos, alcançando a vitória dessa vez. Senna disse, logo após uma prova, que seu carro perdeu as duas primeiras marchas e, por isso, precisou mudar sua forma de pilotagem. Algum parecido aconteceu no GP Brasil de 1991.

Prost conquistou o tricampeonato em 1989, depois de uma colisão com a Senna durante o GP do Japão, em Suzuka, a penúltima corrida da temporada e que Senna perdeu as chances de conquistar o campeonato mundial. Senna colocou de lado para ultrapassar Prost na chicane, os dois “tocaram” os pneus e ficaram com os carros entrelaçados, Senna retornou à pista auxiliado pelos fiscais de prova, que empurraram seu carro quando seu motor apagou e foi para os boxes para trocar o bico do carro danificado na manobra. Voltando à pista, ultrapassou Alessandro Nannini, da Benetton, e chegou no primeiro, sendo desclassificado pela FIA por cortar uma chicane depois da colisão com Prost. A penalização e suspensão temporária de sua superlicença – que é a habilitação de um indivíduo para pilotar carros de F1 – fizeram com que Senna atravessasse uma batalha de palavras com a FIA e seu presidente Jean-Marie Balestre. Anos mais tarde, em 1996, já fora da presidência da FIA, Balestre admitiu que beneficiou seu compatriota naquele final de campeonato.

Em 1990, no mesmo circuito e com os dois pilotos novamente disputando o título mundial, Senna tirou a pole de Prost. A Ferrari de Prost fez uma grande largada e pulou à frente da McLaren de Senna, que antes mesmo da largada havia declarado que não permitiria uma ultrapassagem de Prost. Na primeira curva, Senna toca a roda dianteira de sua McLaren na Ferrari de Alain Prost a 270 km / h, levando os dois carros para fora da pista. Ao contrário do ano anterior, desta vez o abandono dos pilotos deu um Senna seu segundo título mundial.

A temporada de 1990 reservou um momento inusitado na história da Fórmula 1. Em setembro daquele ano, durante o GP da Itália, em Monza, Senna fez uma aposta com o chefe de equipe Ron Dennis. O chefe da McLaren não acreditou na vitória de Ayrton na casa da Ferrari. O brasileiro apostou com Ron: caso conseguisse a vitória, ganharia o carro do triunfo do presente. Além de ter vencido uma corrida, Senna conquistou a pole position, marcou a volta mais rápida da prova e liderou a ponta da ponta, sem chances para a Ferrari de Alain Prost, sua rival na disputa pelo título de temporada, que terminou na segunda colocação. A McLaren foi recebida pela família do piloto e hoje faz parte do acervo do Instituto Ayrton Senna.

O GP Brasil de 1991 marcou a primeira vitória de Ayrton Senna em sua terra natal na Fórmula 1. Aliado a isso, o fato de uma corrida ter sido possuída por um dramático final, com perda de quase todas as marchas de sua McLaren e consequentemente desgaste físico acima do normal, fazendo com que ele não conseguisse sair do carro sozinho, fazia dessa uma das grandes vitórias da carreira do piloto brasileiro.

Logo após a final da bandeirada, a comunicação de rádio da equipe foi aberta na TV, no momento exato em que Ayrton gritava, em parte pela vitória inédita como também pelas dores que sofreram durante a execução. Ainda na pista, em seguida à conquista inédita de Senna, os fiscais de pista comemoraram a vitória do brasileiro com pulos e abraços. Mais tarde, Ayrton retornou à sua mansão na Zona Norte da cidade de São Paulo, escoltado por policiais, devido à presença maciça de público em frente à sua residência. Em seguida, já em cima do muro que cercava sua mansão, Senna acena para o público presente.

No dia seguinte à conquista em Interlagos, Senna concedeu uma entrevista coletiva no Aeroporto Campo de Marte, no bairro de Santana, na Zona Norte de São Paulo. Além da grande presença de integrantes da imprensa e do público, o que chamou a atenção foi a história de Francisco Lins Silva, o “Chiquinho”, então com doze anos, que caminhou cerca de cinco milhas da Freguesia de Ó até o Campo de Marte para conhecer o piloto. Por volta de quatro meses depois, Chiquinho acabou conhecendo a mansão de Ayrton, além de visitar o quarto do seu veículo.

Em 1991, depois de conquistar seu terceiro título mundial, mesmo com um equipamento inferior em relação à Williams, sobretudo na segunda metade do campeonato, Senna explicou à imprensa o que aconteceu no ano anterior em Suzuka. Ele havia recebido informações de segurança sobre a mudança de lado do pole position, passando para a esquerda, o lado sujo da pista, apenas para descobrir que essa decisão havia sido revertida por Balestre depois que ele conquistou a pole. Ao explicar a colisão com Alain Prost, Ayrton Senna disse que queria deixar claro que nunca iria aceitar decisões injustas de Balestre, incluindo sua desclassificação em 1989.

“Eu acho que o que aconteceu em 1989 foi imperdoável e eu nunca o esqueci. Eu me empenhei em lutar até hoje. Você sabe o que aconteceu aqui: Prost e eu batemos na chicane, quando virou sobre mim. Apesar disso, eu voltei à pista, ganhei, e eles decidiram contra mim, o que não foi justo. E o que aconteceu depois foi “teatro”, mas eu não sabia o que pensava. Se você fizer isso, você será penalizado, multado e talvez perca sua licença. Essa é a forma correta de trabalhar? Não… Em Suzuka no ano passado eu pedi aos organizadores para trocar o lado do pole. Não foi justo, porque o lado direito é sempre o sujo. Você se esforça pela pole e é penalizado por isso. E eles dizem: “Sim, sem problema.” E depois o que acontece? Balestre dá uma ordem para não mudar nada. Eu sei como o sistema funciona e eu pensei que era o mesmo uma ****. Então eu disse o mesmo: “Ok, aconteça ou aconteça, eu vou entrar na primeira curva antes – Eu não estava preparado para deixar o outro (Alain Prost) chegar à curva antes de mim. Ele não poderá dobrar na minha frente – e ele será obrigado a me deixar seguir. Eu não me importo em bater; eu fui para isso. E ele não quis perder uma chance, virou e batemos. Foi inevitável. Tinha que acontecer. “Então você deixou isso acontecer”, alguém diria. “Por que eu causaria isso?”. Se você vê cada vez que está fazendo o seu trabalho limpo, conforme o sistema, o que você faz? Volta para trás e diz “Obrigado”? De jeito nenhum! Você deve lutar para o que acha que é certo. Se um pole estiver posicionado à esquerda, eu chegarei à primeira curva, sem problemas. Que foi uma péssima decisão de manter o pole à direita, e isso foi influenciado pelo Balestre, isso foi. E o resultado foi o que aconteceu na primeira curva. Eu posso ter contribuído, mas não foi minha responsabilidade.”

– Ayrton Senna.

Logo após a conquista do tricampeonato mundial da Fórmula 1 em 1991, Senna foi recebido com honras militares e estadista na sua chegada à capital paulista. Primeiro, o avião no qual ele seguiu em São Paulo foi acompanhado, no trecho final da viagem, por caças da Força Aérea Brasileira. Logo após, recebeu da então prefeita Luiza Erundina, uma chave da cidade. Em seguida, desfilou em carro aberto pelas ruas da cidade. A princípio, uma carroceria seria feita no caminhão do Corpo de Bombeiros, porém, com o próprio Ayrton negando, acabou desfilando em um carro conversível particular. Uma enorme quantidade de pessoas e automóveis acabou por prejudicar o trânsito da cidade, além de ocasionar um acidente envolvendo cinco carros.

Em 1992, Senna passou por alguns momentos complicados. O primeiro incidente aconteceu durante um treino no GP da Bélgica. Naquele treino, o piloto francês Erik Comas bateu violentamente contra o muro e ficou desacordado, com seu carro parado no meio da pista. Ao passar pelo local após o acidente, Senna parou sua McLaren e correu em direção à Ligier-Renault, que vazava combustível epoderia a qualquer momento explodir. Percebendo que Comas estava desacordado no cockpit, Senna desligou a ignição do carro do companheiro e evitou o risco de um incêndio.

Já o segundo acontecimento, Senna foi abalroado pelo jovem Michael Schumacher, na oitava etapa, o GP da França, em Magny-Cours. Ocupando a 4ª posição, Senna contornava a curva Adelaide, quando de repente foi atingido por trás pela Benetton número 19. Sem condições de sair do local, Senna abandonou. O brasileiro foi até Schumacher e xingou o alemão, que não respondeu.

No final de 1992, o Senna participou de um teste da Fórmula Indy, no Arizona, no Autódromo Firebird International Raceway. Pilotando um Penske PC-21, os testes contaram com a participação de Emerson Fittipaldi, piloto da equipe na época. Em tempos extraoficiais, Fittipaldi marcou o tempo de 49s70, enquanto Senna virou mais rápido: 49s09.

Senna na sua despedida pela McLaren, na Austrália, em 1993

Senna demorou muito a decidir o que fazer em 1993 e chegou ao final do ano sem ser contratado por nenhuma equipe. Ele sentiu que os carros da McLaren não seriam competitivos com os motores Ford, especialmente depois que a Honda resolveu retirar a F1 no final de 1992, e não poderia ir para a Williams enquanto Prost estivesse por lá, já que havia uma cláusula de proibição de Senna como seu parceiro. Ron Dennis, chefe da McLaren, estava tentando usar os motores Renault V10 em 1993. Com uma recusa da Renault, a McLaren foi obrigada a pegar os motores Ford V8 como um cliente comum. Dessa forma, a McLaren compensou a falta de potência dos motores mais antigos da cliente preferencial da Ford, a Benetton, com mais tecnologia e sofisticação, inclusive um sistema efetivo de suspensão ativa. Dennis finalmente persuadiu Senna a voltar para a McLaren, mas o brasileiro concordou apenas em assinar para a primeira corrida da temporada, na África do Sul, onde ele verificaria se os carros da McLaren eram competitivos o bastante para a temporada. Senna concluiu que esse novo carro tinha um potencial surpreendente, mas ainda estava abaixo da rival Williams. Senna escolheu não assinar por uma temporada e sim por cada corrida a ser disputada. Eventualmente, ele poderia permanecer por um ano, apesar de algumas fontes indicarem na época que esse foi mais um jogo de marketing entre Dennis e Senna, o que realmente se confirmou mais tarde.

Depois de terminar em segundo lugar na corrida de abertura da temporada, na África do Sul, Senna ganhou os GP’s do Brasil e da Europa, em Donington Park, na chuva. Esta última é frequentemente lembrada como “melhor primeira volta” e como uma das suas maiores vitórias na F1. Ele largou no quarto e caiu para quinto logo na primeira curva, mas já estava liderando antes da primeira volta ser concluída. Alguns pilotos precisaram de sete paradas para trocar os pneus de chuva para slicks e vice-versa, dependendo das mudanças climáticas ao longo da corrida.

Depois do GP histórico da Europa de 93, Senna foi o 2º na Espanha e quebrou o recorde de seis vitórias em Mônaco, ganhando o antigo apelido de Graham Hill: “Mister Mônaco”. Depois do Mônaco, Senna lidera o campeonato à frente da Williams-Renault de Alain Prost e da Benetton de Michael Schumacher, apesar da inferioridade do equipamento da McLaren em relação às duas equipes. A cada corrida, com a Williams de Prost e Damon Hill mostrando sua superioridade, Prost caminhou para o tetracampeonato enquanto Hill garantia alguns segundos lugares. Senna concluiu a temporada e sua carreira na McLaren com cinco vitórias (Brasil, Europa, Mônaco, Japão e Austrália) e ficou com o vice na classificação geral. A penúltima corrida da temporada foi marcada por um incidente entre o norte-irlandês Eddie Irvine e Senna. Após a prova, o brasileiro, muito irritado, foi ao box da equipe Jordan e socou o novato piloto.

1994: Williams

Ayrton Senna pilotando a Williams em 1994

Senna havia tentado ir para a Williams em 1993, mas foi impedido por Prost, que vetou seu nome. Ayrton Senna ofereceu para pilotar sem receber nada, porque seu desejo era fazer parte da equipe vencedora da Williams-Renault, mas foi impedido por uma cláusula no contrato do francês que impedia o brasileiro de ser seu companheiro. Porém, essa cláusula não foi estendida até 1994, o que fez Prost se retirar das corridas um ano antes de vencer seu contrato, preferindo isso a ter seu principal rival como companheiro de equipe. Em 1994, Senna finalmente assinou um contrato com a equipe Williams-Renault. Senna agora estava na equipe que havia ganhado os dois campeonatos anteriores com um veículo muito superior aos demais. Prost, Senna e Damon Hill ganharam todas as corridas, exceto uma, vencidas por Michael Schumacher.

Os testes de pré-temporada mostrou que o carro era rápido, mas difícil de dirigir. A FIA havia banido os sistemas eletrônicos, incluindo suspensão ativa, controle de tração e freios ABS para fazer o esporte mais “humano”. A Williams não mostrou um carro equilibrado no início da temporada. O próprio Senna fez várias críticas à instabilidade do FW16, não mostrando a mesma superioridade mostrada pelos FW15C e FW14B dos anos anteriores.

A primeira corrida da temporada 1994 foi no Brasil, disputada em Interlagos, com Senna fazendo a pole. Na corrida, Senna manteve a ponta, mas Michael Schumacher, com a Benetton, assumiu a liderança depois de passar Ayrton Senna na primeira rodada de pit stop. Senna, determinado a vencer no Brasil, perdeu o controle da sua Williams e rodou na curva da Junção, abandonando a prova na volta 55.

A segunda prova foi o GP do Pacífico, disputada na Aida, no Japão, onde o Senna voltou a fazer a pole, mas envolveu-se em uma colisão já na primeira curva. Ele foi tocado atrás por seu ex-companheiro Mika Häkkinen e sua corrida acabou definitivamente quando a Ferrari de Nicola Larini também bateu na sua Williams. Schumacher venceu novamente, abrindo 20 pontos de vantagem.

Morte

Na terceira corrida da temporada, o GP de San Marino, em Ímola, Senna fez mais uma pole. Mas foram dias tensos. Nos treinos de sexta-feira Rubens Barrichello bateu com violência na Variante Bassa, com o carro decolando ao tocar a zebra e batendo na proteção de pneus, capotando e ficando de lado. O brasileiro teve o nariz quebrado e luxação em uma costela, mas visitou o paddock no dia seguinte. No sábado foi a vez do austríaco Roland Ratzenberger, da Simtek, bater na curva Villeneuve e parando somente na seguinte, a Tosa. Logo se viu a gravidade do caso, tendo sua morte confirmada pouco após chegar ao hospital Maggiore, em Bologna.

Na largada da corrida a Benetton de JJ Lehto ficou parada no grid e a Lotus de Pedro Lamy não conseguiu desviar, batendo com violência e alguns destroços feriram espectadores na arquibancada e assim o Safety Car entrou na pista.

Pouco depois da saída do Safety Car, Senna iniciou o que seria seus últimos momentos. Ele entrou na curva Tamburello (onde bateu Nelson Piquet com a Williams em 1987 e também Berger com a Ferrari em 1989) e perdeu o controle do carro devido a uma barra de direção quebrada, seguindo reto e chocando-se violentamente contra o muro de concreto. O registro da telemetria mostrou que o piloto ainda conseguiu, nessa fração de segundo, reduzir a velocidade de cerca de 300 km/h (195 mph) para cerca de 200 km/h (135 mph). Os oficiais de pista chegam ao acidente e, ao perceber a gravidade, só podiam esperar a equipe médica. Por um momento a cabeça de Senna se mexeu, levando a se imaginar que ele está bem, mas esse movimento foi causado por um profundo dano cerebral. Senna foi removido do seu carro pelo professor Sid Watkins, neurocirurgião de renome mundial pertencente aos quadros da Comissão Médica e de Segurança da Fórmula 1 e chefe da equipe médica da corrida, e teve os primeiros socorros ainda na pista, ao lado de seu carro destruído , antes de ser levado de helicóptero para o Hospital Maior de Bolonha onde, poucas horas depois, foi declarado morto.

Logo após o acidente de Senna, durante alguns minutos as comunicações no circuito entraram em colapso, permitindo que o piloto Érik Comas, da equipe Larrousse, deixasse o pit stop e retornasse à corrida quando ela já estava interrompida. Comas somente entendeu o que estava ocorrendo quando os fiscais mais próximos ao acidente balançavam nervosamente suas bandeiras vermelhas, indicando a situação. Se não fosse por essa atitude, ele poderia se chocar com helicóptero.

Após o retorno da corrida, o italiano Michele Alboreto, da Minardi, perdeu um pneu na saída dos boxes e se chocou contra os mecânicos da Ferrari, ferindo também um mecânico da Lotus.

Uma imagem de Ayrton apoiado na sua Williams, com a cabeça baixa, com o olhar distante e perdido, pouco antes do início do GP, ficaria marcada para sempre entre seus fãs. No Brasil, ficou muito difícil uma frase escrita pelo jornalista Roberto Cabrini ao Plantão da Globo, boletim de notícias extraordinário da Rede Globo. Logo após a confirmação da morte de Ayrton, pelo hospital, Cabrini notificou, por telefone: “Morreu Ayrton Senna da Silva. Uma notícia que as pessoas nunca gostariam de dar.”

A morte do piloto foi considerada pelos brasileiros como uma tragédia nacional e o governo brasileiro declarou luto oficial de três dias. O governo brasileiro também concedeu honras de chefe de Estado, com uma salva de tiros. Entre o cortejo do caixão com o corpo do piloto desde o Aeroporto de Guarulhos até a Assembleia Legislativa, o velório, que durou aproximadamente 24 horas e o cortejo final da Assembleia até o Cemitério do Morumbi, aproximadamente dois milhões de pessoas estiverem presentes.

Na corrida seguinte a Ímola, em Mônaco, a FIA deixou vazias as duas primeiras posições no grid de largada, e elas foram pintadas com as cores das bandeiras brasileiras e austríacas, em homenagem a Senna e Ratzenberger.

Teorias da conspiração

Depois de anos, a morte de Ayrton Senna foi alvo de algumas teorias conspiratórias, como a de a Williams pilotada por Senna tenha sido sabotada por um juiz da FIA, ou que foi assassinado com um tiro ou sofrido um desmaio ou um infarto momentos antes da batida. Além dessas, outras teorias, como suicídio ou até mesmo que não morreu, são as principais histórias em torno do assunto.

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