Renault afirma já saber o que havia de ilegal no motor da Ferrari em 2019
Durante a pré-temporada da Fórmula 1, a notícia sobre o acordo secreto entre FIA e Ferrari sobre possíveis irregularidades com o motor de 2019 mexeu com o paddock da categoria. As rivais da equipe italiana cobraram explicações à FIA e o assunto segue rendendo até hoje, com equipes como a Renault criticando a falta de transparência da Federação.
A montadora francesa afirmou que as equipes já sabem o que a Ferrari fez de errado com o motor de 2019, mas defende a revelação dos detalhes do acordo, para evitar novas irregularidades no futuro.
“Essa é uma questão que precisa ficar clara”, disse Cyril Abiteboul, chefe da equipe, em entrevista ao site oficial da F1. “Tenho exatamente a mesma opinião que o Zak Brown CEO da McLaren. Vivemos em um mundo aberto, e, mesmo não sendo contra o processo da FIA, exigimos transparência”.
“Sabemos exatamente o que foi encontrado de ilegal e o que foi feito sobre isso. No longo prazo, não queremos cometer os mesmos erros deles. Como fornecedores de motores, queremos ter certeza disso, que é algo que exige uma transparência que ainda não temos”.
A dúvida das equipes é se a FIA trocou uma punição pesada à Ferrari por um acordo que inclusive pode trazer vantagens à montadora italiana.
Logo que o anúncio do acordo foi feito, sete equipes se manifestaram contra, divulgando um comunicado cobrando que os resultados da investigação fossem divulgados.
Em um primeiro momento, a FIA afirmou que não era obrigada a divulgar esses dados, mas, posteriormente, Jean Todt veio a público dizer que não teria problemas em entregar os resultados, mas que isso dependia da liberação de ambas as partes envolvidas.
Com o crescimento da pandemia pelo mundo e o impacto que ela teve no mundo da F1, o movimento foi perdendo força, com a Mercedes inclusive retirando publicamente seu apoio.
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