Richie Ginther

Paul Richard Ginther foi um piloto de grande capacidade e vivenciou seu brilho em meados dos anos 60. Venceu o notório Grande Prêmio do México de 1965, um evento crucial não só por ser a primeira vitória da japonesa Honda enquanto construtora e fabricante de motores na F1, mas também a primeira vez que a Goodyear conquistou uma vitória nesse nível.

Início da Carreira 

O californiano Richie Ginther, nascido em 1930, correu pela primeira vez num evento a bordo de um MG TC em 1951; mas a data de sua verdadeira introdução no esporte foi como navegador de Phil Hill na Carrera Panamericana de 1953. O acidente ocorrido neste perigosíssimo evento contudo fez pouco para amedrontar Ginther que, um ano depois, estava novamente como carona de Hill, desta vez na Ferrari 375MM de Alan Guiberson, com a qual eles terminaram a corrida na segunda posição.

Treinado como mecânico, o diminuto Ginther trabalhou para o agente da Ferrari Johnnie von Neumann e começou a assumir o volante. Estreou em Le Mans no ano de 1957 combinando com François Picard a condução de uma Ferrari 250TR pela equipe Los Amigos.

Agora, pilotando pela concessionária de Neumann, ele ascendeu a um piloto de corridas profissional após terminar em segundo nos 1000Km de Buenos Aires de 1960 junto com Wolfgang von Trips numa 250TR. No entanto, foi uma surpresa quando ele recebeu um convite para se juntar a Hill como parte da prestigiada Scuderia Ferrari.

F1 Com a Ferrari e a BRM

Qualquer dúvida sobre seu talento foi logo esquecida graças a suas habilidades como pilotos de testes e com o término nos pontos em seus dois primeiros GP’s, em Mônaco e Holanda, em 1960. O segundo no GP da Itália daquele ano em Monza acabou de confirmar seu talento. Seu Ferrari Dino 156 de nariz de tubarão foi o segundo no GP de Mônaco de 1961, em um dia em que Stirling Moss saiu escandalosamente do script para derrotar de forma genial a potência estabelecida da Ferrari na diminuta Lotus 18 pertencente a Rob Walker. Ginther terminou em quinto naquele Mundial.

No ano de 1962 Ginther transferiu-se para a BRM e sua habilidade técninca foi crucial para ajudar seu companheiro Graham Hill na conquista do campeonato. Seu avanço pessoal nos Grandes Prêmios foi confirmado pelo 3º lugar na tabela geral do Mundial de 1963, depois de terminar em segundo em Mônaco, Itália e Estados Unidos. Sua reputação de quase-vencedor ganhou força depois dele ser segundo em Mônaco (pela terceira vez) e na Áustria em 1964.

Sucesso Pela Japonesa Honda

Tendo estudado o BRM de Hill por três anos, Ginther escolheu liderar a emergente investida da Honda em 1965. Foi uma temporada de promessas e frustrações em igual medida antes de Ginther se qualificar o terceiro lugar nas duas últimas corridas do ano.

O GP do México de 1965 foi a corrida final da fórmula de 1500cc e Ginther venceu de ponta a ponta. Não foi apenas a única vitória em GP’s do americano, mas foi a primeira vez também no mais alto do pódio para a Honda e os pneus Goodyear. Ele pilotou um Cooper T81-Maserati enquanto a Honda preparava seu novo canhão de 3000cc em 1966. O Honda RA273 só ficou pronto na altura do GP da Itália e Ginther teve a sorte de escapar sem grandes lesões quando seu pneu rebentou na Curva Grande quando estava em segundo. Ele concluiu o ano terminando em quarto no seu retorno ao México.

Ginther se juntou a seu conterrâneo Dan Gurney no esforço da All American e seu belíssimo Eagle quando a Honda escolheu John Surtees para liderar sua equipe para o ano de 1967. Ginther não se classificou para o GP de Mônaco e decidiu se aposentar durante uma tentativa de qualificação para o Indy 500 daquele ano.

Longe do cenário das corridas por muitos anos, Ginther reapareceu em Donington Park para uma reunião da BRM em 1989, quando estava com a saúde bem debilitada. Ele então foi para a França de férias com sua família, onde sofreu um ataque cardíaco fatal.

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