Novo processo contra GP de Miami tenta alegar que evento causa “danos inevitáveis” pelo barulho

O primeiro GP de Miami de Fórmula 1 se aproxima, e as polêmicas em torno do evento não parecem diminuir.

Em um processo contra a realização da prova, um juiz disse a um grupo de residentes de Miami Gardens que eles precisam produzir evidências que comprovem que a corrida “causará danos físicos reais” por conta dos níveis de barulho.

Os moradores entraram com o processo em primeiro de março, alegando que o barulho criado pelo evento inaugural em Miami “graves perturbações e danos físicos” aos moradores de Miami Gardens, a cidade onde fica localizado o Hard Rock Stadium, casa do Miami Dolphins e sede do GP.

Segundo uma reportagem do Miami Herald, o juiz Alan Fine exigiu da acusação – liderada pela ex-comissária do condado de Miami Dade Betty Ferguson, que é contra a realização do evento desde antes do seu anúncio – que seja entregue provas que levariam a uma audiência de emergência antes do evento.

O juiz Fine marcou outra sessão virtual para às 15h30, horário local, desta quarta-feira, quando sua decisão deve ser anunciada.

Até o momento, o grupo citou um relatório de uma empresa de engenharia, que afirma que os barulhos produzidos pelos carros chegarão a 97 decibéis, similar aos produzidos por uma serra elétrica, podendo ser ouvidos em um raio de até 4 quilômetros do estádio.

O Juiz Fine questionou se isso causaria “danos inevitáveis” e considera se os moradores não poderia apenas ficar dentro de casa ou usarem tampões de ouvido quando saírem de casa.

“Há vários modos de evitar danos potenciais – claro, o primeiro é usar tampões de ouvido”, disse o juiz. “Segundo, sair”.

Miami Track

O Conselho

Advogados do estádio e do Conselho de Miami Gardens, que aprovou a realização da corrida em abril do ano passado, argumentaram que o caso deveria ser arquivado, alegando que o evento está dentro da lei de ruído da cidade, já que, para sua realização, foram emitidos alvarás especiais.

Isso pode ser resolvido dias antes do início das atividades de pista, em 06 de maio.

Como resultado, o juiz admite que o caso se encontra atualmente “no limbo”.

Outro processo civil, que alegava que o evento era racialmente discriminatório, já que seria realizado dentro de uma comunidade formada por 70% de população negra, foi arquivada por um juiz distrital em julho de 2021.

 

Fonte Motorsport

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