Em meio a rumores sobre retirada do calendário, GP de Mônaco revela que está próximo de renovar com F1

Enquanto a rápida evolução do calendário da Fórmula 1 parece a caminho de pressionar e talvez até retirar vários eventos históricos do esporte, o promotor do GP de Mônaco veio a público tranquilizar os fãs sobre seu futuro.

A expansão do calendário da F1 e a chegada de novos candidatos a sede são um tópico forte nos últimos anos, especialmente com o ressurgimento da popularidade do esporte no mundo.

Essa situação leva a F1 a talvez recorrer a ofertas tentadoras ou mercados particularmente direcionados, como os EUA, que passarão a ter 3 GPs em 2022, com Austin, Miami e Las Vegas.

Nesta dinâmica, corridas históricas, especialmente na Europa, se sentem forçadas a ficar mais ou menos na berlinda.

Se os GPs da França e da Bélgica parecem ser os que estão mais em perigo no momento, o status de Mônaco, um evento emblemático para a F1, também parece levantar dúvidas.

Em março

O CEO da F1, Stefano Domenicali, deu a seguinte declaração: “A chegada e oferta de novos promotores é uma vantagem para a F1, pois incentiva os atuais organizadores a elevarem a qualidade de seu trabalho, em termos de oferta pública, infraestrutura e gestão de eventos. Já não é mais suficiente ter um legado forte. Também é preciso mostrar que está à altura”.

O CEO da McLaren Racing, Zak Brown, falou sobre a situação de Mônaco após o anúncio do GP de Las Vegas: “Mônaco sempre representou a parte mais glamurosa da F1”, disse à Reuters.

“Acho que Miami, Singapura, Las Vegas começam a adicionar outros mercados bastante glamurosos. Acho que Mônaco precisa se alinhar nos mesmos termos de negociação dos demais GPs, e talvez precise também trabalhar em maneiras de adaptar sua pista porque, com nossos carros ficando maiores, a corrida ficou mais difícil”.

“Você tem que levar em conta a história, mas também o espetáculo oferecido. Há também um elemento, que não deve orientar nossas decisões, mas que deve ser levado em conta, que é a contribuição econômica para a disciplina”.

“Prefiro ter Mônaco, mas assim como o campeonato é maior do que um piloto ou uma equipe, também acho que é maior que um GP”.

Na última terça-feira

Ao participar da Assembleia Geral do Automóvel Clube de Mônaco, o presidente Michel Boeri quis tranquilizar os participantes.

“Quero falar sobre o que lemos na imprensa, onde falam de dificuldades após a edição de 2022, ou seja, a partir do próximo ano, para seguirmos organizando o GP”, disse Boeri, segundo citado pelo jornal La Gazette de Monaco.

“Estava implícito que os preços solicitados pela Liberty Media eram excessivos para Mônaco e que o GP não seria realizado novamente. Isso não é verdade”.

“Ainda estamos em discussão com eles e devemos concretizar a assinatura de uma renovação. Posso garantir que o GP continuará acontecendo para além de 2022. Não sei se será um contrato de três ou cinco anos, mas isso é um detalhe”.

A F1 deve atingir no próximo ano o limite de 24 corridas determinado pelo atual Pacto de Concórdia, devido às adições de Las Vegas e Catar além de um possível retorno à China, cujo contrato atual vai até 2025.

Neste ano, Domenicali tem deixado claro seu objetivo em balancear eventos que ajudam a expansão da F1 em novos mercados com locais históricos na Europa, estando aberto a fazer a rotação de algumas corridas.

Das pistas atuais, o GP da França em Paul Ricard é o que enfrenta o futuro mais incerto com o contrato atual chegando ao fim no próximo ano.

O GP de Mônaco deste ano será realizado em 29 de maio e, pela primeira vez, acontecerá no formato tradicional do fim de semana da F1, com os TLs 1 e 2 acontecendo na sexta em vez da quinta-feira, o que era normal no Principado.

 

Fonte Motorsport

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